Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
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P. S.: decifra-me ou devoro-te!

segunda-feira, 19 de março de 2007

Tomou?

Uma carrocinha de cachorro quente... bem, quem é fã do cara já conhece como termina essa estrofe. Trata-se de uma das músicas mais conhecidas de Rogério Skylab, um dos maiores expoentes da cena underground do Rio de Janeiro.
Neste domingo, dia 19/03/2007, ele fez sua apresentação no All Rock Point, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Para quem não conhece, é um lugar na Vila São Luiz onde várias bandas covers fazem suas apresentações aos domingos. Pra quem gosta do gênero, eu recomendo, gostei muito e quando tiver alguma coisa tocando lá que eu goste eu pretendo voltar, sem dúvida.
Como costuma acontecer nesse tipo de evento, ele foi o último a tocar, mas ele não foi sozinho. Espiem só a carrocinha de cachorro quente, a tendinha onde a produção dele estava vendendo CD's, camisetas e o livro de poesias Debaixo das Rodas de um Automóvel. Sinceramente, eu achei os preços um pouquinho salgados, mas os caras têm que viver, não é? Não deixei de comprar minha camisa, aquela que eu vestia na foto que eu postei no preview desta reportagem.
Já estava de noite quando ele começou a tocar. Rolou um atrasozinho básico por conta de algumas bandas que haviam se atrasado, mas isso não diminuiu o entusiasmo da galera. Destaque para Kreuzebec, o cover dos Mamonas Assassinas, que estejam em bom lugar agora rindo da minha cara e responsável por deixar o povo em ponto de bala. Estava um calor degraçado, cumpre-se registrar, mas este amigo de quem não pôde ir resolveu abusar do celular que tinha no bolso e fazer uma fotoreportagem amadora. Confiram comigo!
Esta é uma das melhores fotos que eu consegui do palco (a p$#*a do celular não tinha flash, as fotos ficaram uma m%$#a). Apesar da escuridão dá pra ver que tinha muita gente mesmo (ainda mais se a gente considerar que era domingo à noite). O Rogério tocou muito de seus sucessos, principalmente os do novo CD (desculpem, senhores, mas eu não lembro o nome de algumas músicas...), mas alguns são mais antigos como Convento das Carmelitas, Carrocinha de Cachorro Quente e Matador de Passarinho.
O espetáculo foi muito bom, sem sombra de dúvidas, mas muita gente estava pastando legal por causa do calor. Até o Skylab não aguentou: quem teve a cara de pau de ir pra detrás do palco como eu percebeu que as muitas idas dele para trás eram pra enxugar o rosto e beber água - ele virou uma garrafa de dois litros sozinho. Teve uma hora que ele voltou pro palco com a toalha nas mãos, como vocês podem ver na foto abaixo.

Quem não foi, só tenho a lamentar, infelizmente. Quem conhece sabe que perdeu um dos músicos mais irônicos, engraçados e irreverentes de todos os tempos, sendo comparável nesses quesitos ao grande Raul, que em bom lugar descansa na cidade de Thor. Os pontos altos do espetáculo foram justamente a interação entre fãs e artista nas músicas Carrocinha... e Matador de Passarinho. Na primeira o próprio cantor não esperava que o povão fosse se manifestar: quando ele começou a estrofe O elefantinho pergunta pra vaquinha:, quase todos os que estavam no lugar perguntaram em alto e bom som Tomou?... no cu?. O Rogério gostou e se animou, deixando ao cargo da galera essa parte dos versos da estrofe. Em Matador de Passarinho, as pessoas cantavam os fechos das estrofes - e o Rogério, muito perfomático, recantava em outro ritmo e outro tom os mesmos versos finais, além de fazer a sonorização dos tiros da música. No final, como não podia deixar de ser, ele encerrou com o tiro na própria cabeça - mas não sem fazer uma cena, graças a um grupo de fãs que em frente ao palco pediram para que ele não fizesse isso. Realmente, houve uma grande interação do Rogério com o público, como a gente pode ver na foto abaixo.
É, minha gente... o meu post ainda não acabou. Tenho que falar ainda das pessoas que estavam presentes, dos reles mortais como este que escreve (e que ficou todo arrebentado em produzir essa reportagem bem amadora). Eram roqueiros de todas as tribos, que estavam ali desde o início do evento. O local é bem eclético, toca todo tipo de rock, e isso favorece uma coisa bonita que não se vê em eventos como bailes funks: as galeras (é esse o termo que se usa?) se misturam numa boa e ninguém se estranha - pelo menos antes do álcool fazer efeito... Mas o meu destaque da noite vai para o casal que eu nunca esperaria de estar ali. Vejam com seus próprios olhos na foto abaixo. Não sei se vai dar pra ver, mas é um casal de coroas que estavam curtindo muito o show.
Mas foi isso que vocês viram. Para resumir bem, pois o saco de vocês já deve estar inchado, eu repito o que eu devo ter dito em algum lugar (e se eu não disse eu digo agora): o show foi f$%a, lamento por quem perdeu. Nas palavras de Daniela Cavalheiro, 19 anos, "foi muito bom, prova de que a música brasileira tem futuro". Bem, pelo menos alguma coisa no Brasil tem futuro, e isso me enche de esperança. É bonito ver que os nossos jovens e nossos adultos parecem concordar pelo menos em alguma coisa.
No final teve o troféu merecido: o autógrafo e a foto com o cara. Eu não vou postar aqui de novo porque seria uma pagação de pau do c%$#*@o, e eu não estou a fim disso. Vou encerrar por aqui, sem colocar a metade das fotos que eu tirei. Quem quiser, me manda um e-mail que eu mando.
Valeu, Skylab! Continua assim, cara!

Um comentário:

Dani Cavalheiro disse...

O show foi foda mesmo!!! (e não f$%a, como você disse.


E eu não disse nada disso!!!

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