Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
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domingo, 18 de março de 2007

[Momento papo de NERD]Essa é somente para os jogadores de RPG: algumas palavras sobre o AD&V

Para quem não sabe, RPG é um misto de wargame e teatro de improviso, cujo objetivo é simplesmente criar e contar uma história em conjunto - uma versão mais adulta de brincadeiras como Polícia e Bandido. Existem regras para evitar aquelas discussões do "não morri, não!", mas em última análise é a mesma coisa.
Quem conhece sabe que existem muitos sistemas de regras, cada um enfatizando alguns tipos de ação ou história. A discussão de hoje é sobre o sistema Storyteller(r), aquele dos d10 e do Vampiro: a Máscara. O ST (como eu vou abreviar o nome do sistema, em parte para não infringir nenhuma lei autoral) dá ênfase sobretudo na interpretação dos personagens e na narração da crônica, quase deixando subentendido que quando acontece alguma rolagem de dados é porque alguma coisa deu errado. De fato, a interpretação é posta em um pedestal pelo Mark Hein-Hagen e seus companheiros de trabalho, e muitas revistas especializadas sustentam que eles criaram uma nova forma de jogar RPG. Quando elas falam isso é em contraste aos dois sistemas mais usados na época: o Rolemaster (que é quase rolar dados e consultar tabelas apenas) e o D20 (o sistema do D&D, que seu personagem só evolui se espancar algumas coisas de vez em quando).
Vampiro aproveita da subcultura gótica dos anos 80 e cria uma ambientação sombria e arrepiante de nosso mundo, conveniente renomeado para Mundo das Trevas. Assim sendo, não é difícil compreender por que ele fez sucesso entre os roqueiros, luficeristas, satanistas, pagãos e similares de todas as partes do mundo em que chegou. A questão é que até hoje tem gente que não aprendeu a jogar o jogo. Aqui no Brasil são vistos grupos de RPGistas que jogam Vampiro mas, ao se olhar atentamente para anarração, percebe-se que a diferença entre o que eles jogam e o D&D é a ficha, pois a história segue o mesmo padrão: entrar em algum lugar - matar tudo - recolher tesouros - gastar pontos de experiência. Sem muitas variações.
Um amigo meu, o Guilherme, chegou a dizer certa vez que "no Brasil se joga AD&V: Advanced Dungeons & Vampires". Todos nós rimos longamente, e eu até hoje rio só de lembrar da cara séria que ele fez ao dizer isso, como se estivesse discorrendo longamente sobre as contradições da teoria aristotélica dos sentidos. Tem gente da minha época (nçao de idade, mas de experiência acumulada) que não joga mais ST por causa desses grupos de hack & slash. É uma pena, pois é um sistema que favorece jogos densos e interessantes.

Um comentário:

Dani Cavalheiro disse...

Seu viciado-rpgista-do-caralho!!!!


Skylab hoje!!!!!
MORRAM DE INVEJA!!!

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