Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Falando ao Sono (ou "Sono, por que não me abandonas?")

Falando ao Sono (ou "Sono, por que não me abandonas?")
por Nada

Sono, por quem me tomas pois que nunca me abandonas?
Serei eu teu eterno amado daquelas pueris brigas de maio
Que entre tapas e romances e gritos trocamos beijos afetados
E saímos juntos perante a multidão que nos acusa de soslaio?

Serei eu aquele teu sonho que insistente te persegue à noite
Com carícias e regalos nunca antes provados por seres mortais?
Pois que seja eu a te dar carinhos e delícias proibidas aos outros
Que por desprezo zombam mas no frio âmago desejam ser iguais...

Aninha-te solene em meu cansado seio pleno de ti, sagrado Sono
E cantemos aquelas velhas modinhas que ainda ecoam para nós
Aquecidos e alentados pelas já esquecidas fogueiras de outono

Durmamos aquela que pode ser desta Eterna Noite sublime algoz
Versificando nosso fortuito caso em soneto e poema alexandrino
Abandonados um ao outro, profunda verdade que não se põe em voz

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