Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
Caso você encontre em algum dos meus textos algo interessante e queira compartilhar com seus amigos ou em seu site, revista, jornal, etc., sinta-se à vontade. Basta indicar a fonte e recomendar a leitura do blog, e todos os textos que estão aqui estarão ao seu dispor.

P. S.: decifra-me ou devoro-te!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Impressões da Noite - mais uma contribuição de Axis Mundi

Caríssimos e inexistentes (estou a repensar esse "inexistentes"...) leitores das paredes desta microcela no manicômio virtual da realidade acolchoada espelhada em um simulacro muito do mal feito chamado "existência". Trago aos senhores mais uma obra de autoria de Axis Mundi, essa pessoa que me é muito cara e especial. Trata-se nada mais, nada menos do que o primeiro escrito (segundo Axis) de sua pena, e sei que muitos acadêmicos e críticos literários (gente que gastaria melhor seu tempo e sua ignóbil existência fumando maconha e enfiando o canudo do diploma em um lugar que vocês sabem muito bem qual: o c*&$%#@@#*@*#@*&@&$u) diriam que o texto só vale pelo seu valor arqueológico, ou sabe lá Nosso Senhor qual - entenderam porque eu mandaria esses senhores se masturbarem com seus diplomas?
Enfim, leiam o conto e me entendam em minhas críticas à Academia. Divirtam-se, e se beberem não dirijam!

Impressões da Noite

Dias atrás estive em uma casa noturna/boite/danceteria (bem anos 80, não?), como queira chamar, meu caro leitor. Confesso que já na hora de entrar, estava com um sentimento estranho, como se estivesse em outra dimensão. Mas não, não deixei meu espírito envelhecer ainda. Porém, logo depois de entrar, me veio uma imensa vontade de voltar para casa. Fiquei intrigado com este sentimento e me coloquei em um canto para pensar. Imagine: pensar numa boite!
Você cogitará, leitor: “você estava em um bom momento?”
Não estava, mas percebi que em bons momentos isso acontecia também! E por isso, sentado em um confortável sofá, tentei concatenar as idéias, observando as pessoas. Na verdade, na entrada eu já estava observando. Passei por elas, e me senti como se fosse invisível. Em alguns momentos isso me agrada, naquele não. Mas consegui passar por elas, apesar da minha perplexidade (não me entenda mal, não sou moralista - pelo contrário, detesto hipócritas). Passei pelos vários casais que dançavam freneticamente ao som do forró, se esbarrando uns nos outros e também em mim, que mal conseguia andar ali. No segundo andar não era diferente. Uma pessoa bêbada veio falar comigo, como se as pessoas que ali estavam (inclusive eu) tivessem saído da mesma fôrma.
Foi aí que avistei o sofá. E com que alegria! Comecei a matutar e constatei que o problema talvez não seja o lugar. Tive uma namorada que conheci em um bar, e ficamos juntos por mais de três anos. Então qual seria?
Penso que as pessoas estão em uma procura (algumas conscientemente, outras não). No fundo, o objeto do desejo é o bom e velho amor. Quando duas almas podem se compreender somente porque trocaram um olhar (e como é bom se demorar nesse olhar!), quando temos tanta afinidade, projetos parecidos, atração física, etc.
Eu também quero amar, e de preferência ser amado também, não estou criticando. Mas sinto que a procura “moderna” está fazendo mais mal do que bem, principalmente para as mulheres, que são o lado mais fraco da corda. Elas se entregam mais aos sentimentos (a maioria). Mas não entenda que sou a favor dos casamentos arranjados, não é isso! Porém, precisamos de temperança com urgência.
Os homens ainda não sabem o que querem, principalmente agora que todos têm liberdade sexual. Parece que a maioria está desorientada. E nós homens, mesmo no século XXI, ainda temos a disfarçatez de julgar as mulheres que usufruem de sua liberdade (conquistada a duras penas, diga-se de passagem), mas perante a sociedade nós as exaltamos, porque afinal, elas são modernas! O que é moderno? O que é amor? Precisamos ser modernos? Isso faz bem para todos? O que está ajudando? O que está gerando mais sofrimento ainda? Será que estamos olhando demais para a nossa procura e esquecendo do outro? O que ele quer? O que ela quer?
Meu caro leitor, se você encontrou alguém que te tocou a alma nos últimos tempos (ou dias, não sei), não pense muito. Não se prenda a preconceitos, principalmente se está sendo correspondido.
Sorria, alegre-se. E espere para ver o que acontecerá. E corra para junto dela. Ou dele. Você pode estar encerrando a sua procura.

Fui embora daquele lugar à francesa (estava ali por causa de uma amiga que comemorava seu aniversário), pensando na minha procura, que certamente não terminaria ali.
Boa sorte para você, meu caro leitor.

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