Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
Caso você encontre em algum dos meus textos algo interessante e queira compartilhar com seus amigos ou em seu site, revista, jornal, etc., sinta-se à vontade. Basta indicar a fonte e recomendar a leitura do blog, e todos os textos que estão aqui estarão ao seu dispor.

P. S.: decifra-me ou devoro-te!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Homens e Mulheres - gentil contribuição de Axis Mundi

Caros amigos e inexistentes leitores deste querido e amado (pelo o que eu pude perceber, já que são cento e quarenta e sete visitas em seis dias) espaço de desinformação virtual encravado no meio da realidade virtual do manicômio chamado "vida". O texto que segue é uma amável (e gratuita - ainda bem, pois eu não poderia arcar com os custos dos direitos autorais) de Axis Mundi, pseudônimo nada modesto que uma pessoa que me é muito cara adotou para si - é claro que foi uma sugestão do megalomaníaco que lhes escreve. Não interessa de onde veio a p*##@ do apelido literário: o que importa é que o texto é bom e por isso eu repasso para os senhores. Divirtam-se - mas lembrem-se: se não for masturbação, usem camisinha!

Homens e Mulheres

Meus caros, sei que o tema é já muito batido, mas tenho pensado muito nele, e escrever também é preciso. Então, estou aqui tentando organizar um texto a respeito disso com as idéias que invadem minha mente nesta semana. Desculpem, então, o amadorismo.
Já ouvi de uma amiga que tenho mesmo que começar a escrever, porque saio muito à noite, mas só bebo socialmente. Segundo ela, isso permite observar. É provável. Afinal, encontrei mais um motivo para manter meu fígado saudável. Em uma dessas viagens com pouco álcool e muita deprê, acabei quase transcendendo a realidade tão cruel das mulheres (a minha nem tanto, reconheço. Nunca fui exposta à miséria - em todos os sentidos - e tive um pai que era quase um feminista, graças a Deus. Sempre fiz tudo o que quis, na medida do possível) e imaginando como seria se as sociedades, em geral, não fossem tão atrasadas com relação a elas.
Os homens estão ainda confusos com a emancipação. Na verdade, muito confusos. Antes não queriam que suas mulheres trabalhassem. Agora já escutei que "minha mulher, quando eu tiver uma, vai ter que trabalhar. Mulher em casa só serve para ficar alimentando pensamentos de ociosidade e gastando dinheiro". O dele, claro. Enxergam suas esposas como companheiras de quarto de algum albergue. Na verdade, nunca podemos fazer o que queremos, nunca há essa liberdade. Isso me lembra aquela fábula medieval do menino, do burro e do velho. Não devemos nunca nos influenciar tanto pela opinião dos outros a nosso respeito. As mulheres que vencem geralmente são aquelas que têm um objetivo e não se desviam dele. Mas então pagam o preço, muitas vezes, de estarem quase sempre sozinhas. Eles ainda têm muita insegurança quanto a isso.
Portanto, é melhor não pensar muito e fazer o que o sentimento manda. Mas nunca deixando de lado a análise fria dos acontecimentos. Isso é, na verdade, um aprendizado que leva muito tempo e é doloroso, porém muito necessário. Algum dia as pessoas vão perceber que (e aí começa a viagem) só quando homens e mulheres começarem a se tratar de igual para igual, os relacionamentos serão saudáveis, porque isso é LIBERTADOR. Quando ninguém tem a mórbida fixação em dominar na relação, quando há sinceridade, respeito e amizade, quando finalmente se compreende que um relacionamento perde o sentido quando há infidelidade, e que quem trai está enganando muito mais a si próprio, enfim, é tudo tão óbvio que não preciso enumerar aqui.
No entanto, se é óbvio, por que ninguém vive isso?
Simples: medo. Essa é uma fórmula totalmente nova de compromisso, e liberdade assusta. Se quero continuar com a minha, tenho que permitir que meu parceiro (a) continue com a dele (a). Você pode perguntar, incauto leitor: "e se eu for traído?" Infelizmente, aí vem a real (minha diplomacia quase sempre é tão sutil quanto um cogumelo atômico, perdão): não saberá, e se souber, vai perceber que ninguém "prende" ninguém. Nem filhos, nem pais, nem a Lei, nem a Igreja.
Só o amor.
Como dizia Nietzsche: "É preciso, no momento de contrair matrimônio, fazer-se esta pergunta: acreditas que podes ter uma conversa agradável com essa mulher até a velhice? Todo o resto é transitório no casamento, mas quase o tempo todo da vida em comum se volta à conversa."
Mulheres, entendam: vocês também têm o direito de escolher. É esse o primeiro passo. Vamos encarar o mundo com a liberdade transbordando de dentro de nós. Ela precisa ser conquistada, mas com o pouco que já temos podemos fazer muito. Porém, é necessário mudarmos algumas atitudes. Não podemos nos limitar, se as pessoas já tentam isso. Encaremos esse mundo como um grande laboratório. É o que ele é. Sem regras, a não ser uma: "tu te tornas responsável por tudo o que cativa". Se todos fizessem isso, tudo seria mágico na existência. Os preconceitos morreriam, e por isso o ser humano ampliaria seus horizontes e se permitiria experiências transformadoras. A paz conjugal reinaria.
Portanto, homens e mulheres, CORAGEM!

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