Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
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P. S.: decifra-me ou devoro-te!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Feliz Ano Novo (?)

Caríssimos amigos e inexistentes leitores deste espaço microfísico do poder insano da certeza do inexistir na realidade, eis que estamos em um grande novo momento. Quer dizer, de novo ele não tem porra nenhuma, deve estar acontecendo faz pelo menos uns cinco bilhões de anos. Chama-se "ano novo", quando a contagem dos dias de um ano acaba e inicia a contagem dos dias de um outro ano subseqüente ao anterior (bem, pelo menos se espera que seja).
Mas afinal de contas, o que as pessoas vêem no ano novo, senão o início de mais uma contagem da qual todos reclamam e anseiam profundamente pelos mesmos dias: finais de semana, feriados, aniversários... Não tem nada de novo, se pararmos pra pensar, e ao mesmo tempo tem. Na vida do cidadão comum as rotinas não mudam em nada: ele ainda trabalhará para receber seu dinheiro, ainda que mude de emprego; ele descansará nos finais de semana, ainda que o motivo de estar cansado seja diferente; e coisas assim. Mas se mudanças não existissem ainda estaríamos nas cavernas morrendo por causa de uma simples queda de três metros de altura. Que paradoxo, senhores: a vida humana é constante na alternância, e alternante na constância.
Pelo menos eu tenho um motivo pra comemorar o ano novo. Diferente das demais pessoas, loucos como eu saíram faz tempo desse ciclo idiota e ilusório, e agora contemplam a verdadeira vida. Aí sim as coisas mudam, as coisas realmente evoluem e fogem desse paradoxo imbecil ao qual está presa quase toda a humanidade. Para loucos como eu caíram os véus de Maya, Matrix não pode mais me iludir porque escolhi tomar a pílula que (além de impedir gravidez indesejada) me libertou desse mundo esquisito que a maioria das pessoas acredita ser real. E eu comemoro o ano novo porque tenho bons motivos: um por dentro, dois em cima, dois no meio e um embaixo. Simples assim, como uma esfinge a propor um enigma.

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