Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
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P. S.: decifra-me ou devoro-te!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Quem votou no PMDB dever ter orgulho do que fez com nossa cidade e nosso estado...

Fonte: Ex-Blog do Cesar Maia, edição de 02/03/2012

Notas: o exposto dispensa comentários. Cesar Maia, ex-prefeito e candidato declarado às eleições municipais do Município do Rio de Janeiro como vereador, mais uma vez esbanja pertinência em suas análises, e mostra claramente o prejuízo cívico e o aviltre provocados pelo parasitismo do PMDB nos governos estadual e municipal. Em artigo anterior, Maia comenta como o PMDB conseguiu esvaziar a importância política do Município a tal ponto que hoje se encontra reduzido a discreto coadjuvante no cenário político nacional - ou pior, elemento de composição de cenário apenas. Hoje, ele nos brinda com duas elegantes, porém ferinas, constatações de fatos: a apatia do cidadão carioca médio, e a ingsocialização (neologismo recém-criado baseado no nome do partido governante da Oceania de 1984, IngSoc) do governo do Estado do Rio de Janeiro.
Que Deus nos ajude.

NO RIO, ESPÍRITO CRÍTICO DOMADO!


(Coluna Claudia Antunes - Folha de SP, 01) 1. Na madrugada da segunda-feira de Carnaval, enquanto a Beija-Flor desfilava no Sambódromo, a polícia do Rio fez uma operação no vizinho morro de São Carlos para prender um traficante.  O criminoso foi capturado num tiroteio em que um adolescente de 14 anos foi morto. O São Carlos sedia uma UPP que enfrenta problemas de adaptação, com reação do tráfico e casos de corrupção de policiais.  Seria saudável que a opinião pública carioca questionasse se valeu a pena arriscar a morte de um garoto pela prisão de um bandido que já deve ter sido substituído na favela.

2. Ainda mais quando se sabe que um dos principais desafios das UPPs é conquistar os jovens, que passam a ter seu cotidiano regulado pela polícia. Ocorre que no Rio vozes questionadoras têm encontrado pouco eco. A cidade vive uma boa fase, mas o oba-oba dos preparativos para a Copa e a Olimpíada domou seu espírito crítico. A Secretaria de Segurança paira acima de ataques, e restrições às obras urbanísticas raramente são levadas em conta.

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CHAVISMO ENTRA NO ESTADO DO RIO: ESTADO DE DIREITO É ATROPELADO!
    
(Colunista Cristina Grillo - Folha de SP, 02) 1. A audiência no conselho disciplinar do Corpo de Bombeiros, que decide segunda-feira se expulsa da corporação o cabo Benevenuto Daciolo, líder do movimento grevista da categoria, recusou o pedido de advogados do militar para que fosse prorrogado o prazo de sua defesa. Com a rotina da cidade -quase- toda suspensa, é um pedido razoável, em nome do direito de ampla defesa. Ainda mais levando-se em consideração o decreto do governador Sérgio Cabral, publicado no dia 10 de fevereiro, que reduziu de 30 para 15 dias os prazos para que os Conselhos de Disciplina da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros julguem infrações cometidas.  
   
2. Foi negado também à defesa o pedido para que fosse anexada ao processo a íntegra das gravações telefônicas, autorizadas pela Justiça da Bahia, nas quais Daciolo conversa com deputados sobre a greve.  Do processo contra o militar constam apenas os trechos veiculados no "Jornal Nacional".  Não se trata de defender este ou aquele lado. A questão é: todos nós, sem exceção, temos direito ao que, no linguajar jurídico, chama-se de devido processo legal, garantido pela Constituição Federal. Dele deriva outro direito fundamental: o da ampla defesa. Fica difícil alguém defender-se sem conhecer o inteiro teor das acusações -no caso, sem que constem do processo todas as gravações feitas na Bahia.

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