Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
Caso você encontre em algum dos meus textos algo interessante e queira compartilhar com seus amigos ou em seu site, revista, jornal, etc., sinta-se à vontade. Basta indicar a fonte e recomendar a leitura do blog, e todos os textos que estão aqui estarão ao seu dispor.

P. S.: decifra-me ou devoro-te!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Momento filosofia de botequim

A vida é longa o suficiente para percebemos que ela existe mas curta demais para que possamos definir o que ela é. Então, por que deixá-la passar entre palavras ocas e motivações vãs? Por que gastá-la procurando uma verdade, uma necessidade lógica, uma causa primeira, uma razão? No seio de Deus não há a necessidade de verdades - mas existe tal seio? E se não existir tal seio, de que vale estarmos aqui? De que adianta ser livre como um hamster ou vítima de um cachorro-do-mato se sequer sabemos se aqui estamos ou não? Por que procurar verdades onde elas menos podem existir?
Abram a caixa de fantasias, peguem suas máscaras e vamos brincar de teatro. O nome da peça é "Vida" e nela você pode interpretar o papel que quiser, desde que tenha relação com a máscara que você pegou - mas nada o impede de trocar a máscara se essa não lhe agrada. O importante aqui não é procurar coisas que não existem, mas deliciar-se com a falsidade de toda a encenação. Pegue a máscara de um anjo e durma nos braços do Absoluto - ou pegue os bigodes de um rato e corra pela roda infinita da sua gaiola. Divirtam-se, pois estão livres para fazerem e serem o que quiserem. Proibida está apenas uma coisa: achar que essa brincadeira é algo verdadeiro, achar que o que estamos fazendo é mais do que encenação.
No final das contas, a brincadeira uma hora acaba e você tem que devolver a máscara à caixa. É hora de cuidar do meu jardim.

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