Quase 20 horas de chuva, metrô, ônibus e trens da SuperVia impossibilitados, pontes fechadas, alagamentos, trânsito parado, desabamentos, lixo transbordado pelas ruas e já 180 mortes¹ no Estado do Rio de Janeiro. Este é o cenário de caos que a população fluminense sofre. Esta situação não se trata apenas de um fenômeno da natureza, mas sim um reflexo da falta de investimentos em políticas públicas da prefeitura e do Governo do Estado. Esta é a pior chuva dos últimos 40 anos, segundo informações da Defesa Civil.
E a cidade maravilhosa está ilhada. Ilhada no descaso. Ilhada no desrespeito à população. Ilhada na falta de políticas. E o que a população mais pobre e mais afetada por este descaso ouve do governador Sérgio Cabral é: "Este é um comportamento irresponsável, quase um suicídio permanecer nos locais". Esta foi a fala do governador enquanto a televisão noticiava deslizamentos no morro da Mangueira, Zona Norte do Estado. Mas, para onde essas pessoas vão? Talvez para o Palácio Guanabara?
Irresponsabilidade significa não priorizar políticas públicas de saneamento, transporte público de qualidade, acesso à saúde e educação gratuitas, moradia, ou seja, direito à dignidade, aos direitos básicos previstos na Constituição. Irresponsabilidade é seguir uma política de privatização dos serviços do Estado que só mostram, a cada dia, sua ineficiência. Nos basta como exemplo, o metrô que funciona em uma situação calamitosa com superlotação, sem ar-condicionado, além dos preços exorbitantes. Irresponsabilidade é o incessante sucateamento do serviço público de saúde que sofre com a falta de concursos públicos, falta de equipamentos, medicamentos e condições dignas de trabalho. Irresponsabilidade é investir em uma política de criminalização da pobreza com a ocupação militar das comunidades, ao invés de garantir infraestrutura para as mesmas.
Infelizmente, esta é política do governo do Estado com o Rio de Janeiro: o caos. Para quem Eduardo Paes e Sérgio Cabral governam?² Certamente, não é para a população fluminense...
¹ número de mortes confirmadas na quinta, 8/4, às 21h
² Jorge Roberto da Silveira é outro enganador em Niterói
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