Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
Caso você encontre em algum dos meus textos algo interessante e queira compartilhar com seus amigos ou em seu site, revista, jornal, etc., sinta-se à vontade. Basta indicar a fonte e recomendar a leitura do blog, e todos os textos que estão aqui estarão ao seu dispor.

P. S.: decifra-me ou devoro-te!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Mais poemas

Liberdade

Eu tenho tudo e tenho nada nesta nova canção
É o princípio de uma vida na minha emoção
É o início de um tempo para o meu coração
É o final de um sofrimento para minha razão

Eu tenho tudo e tenho nada e tenho tudo na mão
Vivo a promessa de alegria para esta estação
Esperando minha alma encontrar direção
Nos lábios frios de argila dessa vil sensação

Estou cansado de negar sem encontrar solução
Por mais que tente não falar sei que vocês saberão
Por mais que tente não chorar sei que vocês cantarão
A minha viva fria morte em cruel situação

Eu vou e venho num disparo em destempero do não
Com alegria e com leveza canto nova oração
De louvor e de orgulho dessa bela pulsão
Pois enfim me libertei dessa tirana paixão

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Elegia do Leproso aos Homens

Eis que me sinto novamente sozinho...
Em minha caverna solitária eu vejo o fogo
Enquanto as sombras dançam na pedra
Tomando a forma de um galho de azevinho

Triste é o silêncio em minha caverna
Só o fogo ri crepitando enquanto morre
Tudo parece condenado ao nada um dia
Mesmo o alento da cerveja na taverna

Já é noite quanto olho pra mim
Nu em chagas sou como todos os homens
Que escondem em peles falsas sua beleza vazia
E negam seu horror com púrpura e carmesim

Sei que entre eles sou apenas um leproso
Terrivelmente parecido com suas almas
Podres e vazias como minha pele verde
Mas isso me deixa ainda mais orgulhoso

Não minto nem me escondo do fato:
Sou um leproso em uma caverna fria
Igual a todos os homens podres de verde
Dos quais o exílio eu sabiamente acato

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