Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
Caso você encontre em algum dos meus textos algo interessante e queira compartilhar com seus amigos ou em seu site, revista, jornal, etc., sinta-se à vontade. Basta indicar a fonte e recomendar a leitura do blog, e todos os textos que estão aqui estarão ao seu dispor.

P. S.: decifra-me ou devoro-te!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Lembrança das minhas ex...

Versos Fúnebres nº 1

O cavaleiro com sua espada
aos pés da dama se ajoelha
e beija seus brancos pés

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Versos Fúnebres nº 2

O tempo me leva no colo
A morte me beija os lábios
Os olhos se fecham

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Versos Fúnebres nº 3

O ser se tornou não-ser
A lógica nunca explicou
O existir acabou

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Versos Fúnebres nº 4

O vento passou e levou
As folhas caíram de secas
O tempo passou

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Versos Fúnebres nº 5

Sei que você não me amou
Mas ao teu lado fui feliz
Pra sempre, te amo

Um comentário:

Unknown disse...

Versos a um enterro (Quadra)

Na ubre singularíssima e macabra,
Olhas o osso da víscera na cova
Que o corte tenebroso do sangue abra!
O vírus antropófago inda prova.

Lucas Munhoz - (04/09/2015)

Os doentios

I

Teme em mim dos instintos doentios,
Vês o odor que apodreces com enterro
Ao tremer puramente enquanto eu cerro,
Ó corpo vil dos fios!

Amo a sombra nas covas onde eu moro,
Quero ver os zumbis e a noite escura!
Que o mistério sucumbe e até murmura
Aos versos vis do coro.

Foi-se o horror dos olhares canibais
Que sentiste nas tripas decompostas,
Todo o choro... Sangraste a dor nas costas...
Que a nódoa sofre mais?!

Os momentos iníquos e as tristezas
Que se foram deveras entre as dores...
Com que tenhas chorado e sempre chores!
Tu nunca vês e prezas?

Bebe a taça do crânio moribundo
Entre os olhos sangrentos e molhados,
Os sabores malsões e o mal dos lados
No sangue atroz do fundo.

Horrorizas os braços putrefatos
Para os cabos da tripa na floresta,
Quando a mosca encontrar que ainda presta?
O odor sangrento e os tatos.

Tanta hebdômada triste e lamentada...
Olha o crânio do enterro que ele escarra,
Sangra e assusta na víscera bizarra,
Após a má noitada.

Aparece uma carne que ela molha
Totalmente sangrada, mole e feia,
Onde foges embora?... A mente enleia?!
Quem sangras muito a folha!

Casa mal-assombrada e tenebrosa!
O terror putrefeito e a carne morta
Com defunto malsão e mau, que importa?!
A noite é como a prosa.

Autor: Lucas Munhoz - (29/08/2015)

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