Versos Fúnebres nº 1
O cavaleiro com sua espada
aos pés da dama se ajoelha
e beija seus brancos pés
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Versos Fúnebres nº 2
O tempo me leva no colo
A morte me beija os lábios
Os olhos se fecham
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Versos Fúnebres nº 3
O ser se tornou não-ser
A lógica nunca explicou
O existir acabou
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Versos Fúnebres nº 4
O vento passou e levou
As folhas caíram de secas
O tempo passou
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Versos Fúnebres nº 5
Sei que você não me amou
Mas ao teu lado fui feliz
Pra sempre, te amo
Manual de Instruções
Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
Caso você encontre em algum dos meus textos algo interessante e queira compartilhar com seus amigos ou em seu site, revista, jornal, etc., sinta-se à vontade. Basta indicar a fonte e recomendar a leitura do blog, e todos os textos que estão aqui estarão ao seu dispor.
P. S.: decifra-me ou devoro-te!
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Versos a um enterro (Quadra)
Na ubre singularíssima e macabra,
Olhas o osso da víscera na cova
Que o corte tenebroso do sangue abra!
O vírus antropófago inda prova.
Lucas Munhoz - (04/09/2015)
Os doentios
I
Teme em mim dos instintos doentios,
Vês o odor que apodreces com enterro
Ao tremer puramente enquanto eu cerro,
Ó corpo vil dos fios!
Amo a sombra nas covas onde eu moro,
Quero ver os zumbis e a noite escura!
Que o mistério sucumbe e até murmura
Aos versos vis do coro.
Foi-se o horror dos olhares canibais
Que sentiste nas tripas decompostas,
Todo o choro... Sangraste a dor nas costas...
Que a nódoa sofre mais?!
Os momentos iníquos e as tristezas
Que se foram deveras entre as dores...
Com que tenhas chorado e sempre chores!
Tu nunca vês e prezas?
Bebe a taça do crânio moribundo
Entre os olhos sangrentos e molhados,
Os sabores malsões e o mal dos lados
No sangue atroz do fundo.
Horrorizas os braços putrefatos
Para os cabos da tripa na floresta,
Quando a mosca encontrar que ainda presta?
O odor sangrento e os tatos.
Tanta hebdômada triste e lamentada...
Olha o crânio do enterro que ele escarra,
Sangra e assusta na víscera bizarra,
Após a má noitada.
Aparece uma carne que ela molha
Totalmente sangrada, mole e feia,
Onde foges embora?... A mente enleia?!
Quem sangras muito a folha!
Casa mal-assombrada e tenebrosa!
O terror putrefeito e a carne morta
Com defunto malsão e mau, que importa?!
A noite é como a prosa.
Autor: Lucas Munhoz - (29/08/2015)
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