Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
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P. S.: decifra-me ou devoro-te!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Coincidência nada casual...

Caro Leitor (e principalmente ao amigo Roberto Barbosa, ao qual há muito estou devendo um artigo - não esqueci, amigo, e este opúsculo é um prenúncio do pagamento de minha dívida)

A democracia é, por definição, frágil. Como uma criança, ela precisa ser bem cuidada, nutrida, educada e direcionada para que não se perverta ou corrompa ao longo de sua vida. Em um cenário ideal, os diferentes grupos de cidadãos de um Estado cuidam desse bebê porque reconhecem no Estado o fundamento de sua existência, algo sem o qual simplesmente não existiriam. Assim o Estado e a democracia prosperam, e assim eles atendem às necessidades dos diferentes grupos que se aninham sob suas asas.
Em um cenário não muito ideal, porém, a dinâmica é outra. Um grupo deseja fazer valer seus interesses em detrimento dos demais, e para isso precisa investir violentamente contra a democracia. Para isso precisa extirpar aqueles que pensam de modo diferente. Precisa silenciar a imprensa que denuncia suas reais intenções. Precisa reescrever a História, dizendo-se o grupo com maior índice de aprovação popular e o grupo que realizou os maiores e mais benéficos feitos para o Estado e os demais grupos. Precisa forçar a aprovação de uma nova Constituição, seja conseguindo maioria no Congresso, seja intimidando ou cooptando a oposição. Por fim, escancaram as mandíbulas e mostram as presas sedentas de sangue, e investem com todas as forças sobre os oponentes, frequentemente lançando mão de milícias ou unidades pára-militares. No final, eliminam até mesmo os aliados que fraquejam ante a carnificina e o banho de sangue, e apenas o grupo inicial se beneficia do novo estado de coisas.
Esse cenário é semelhante a algo que vocês conhecem? Muitos pensarão, ao ler o parágrafo anterior, que estou a falar do Brasil de hoje. Engraçado... pois eu não estava a pensar no Partido dos Trabalhadores, mas no NSDAP, o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, de Adolf Hitler. A História mostra como o PT de Lula seguiu os mesmos passos que o NSDAP na ascensão ao poder, faltando apenas forçar uma nova Constituição (coisa que Dilma pretende fazer) e assassinar os aliados que recuarem frente às atrocidades. A semelhança é tamanha que o discurso segue a mesma estrutura: insinuar que os partidos de oposição querem vender o país para as potências estrangeiras, apresentar-se como o salvador dos pobres, prometer assistencialismo paternalista, inflamar-se contra supostos inimigos internos - leia-se: jornalistas e outros homens corajosos que querem apenas desvelar a farsa para o público.
Não acredito em coincidências, caro leitor. Ainda mais em coincidências deste naipe.

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