Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
Caso você encontre em algum dos meus textos algo interessante e queira compartilhar com seus amigos ou em seu site, revista, jornal, etc., sinta-se à vontade. Basta indicar a fonte e recomendar a leitura do blog, e todos os textos que estão aqui estarão ao seu dispor.

P. S.: decifra-me ou devoro-te!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pequeno ensaio de metafísica

Caríssimos (aquelas introduções longas não fazem mais parte do que o Tarja Preta será), este é um dos textos que prometi. Em breve outros virão. Abraços!

É pobreza de espírito acreditar que certas coisas não existem - como crer que a realidade se limita ao pouco que nossos cinco sentidos mais nossa razão atingem tocar no mundo exterior? E mais: limitado é aquele que ignora um fato por conta de crenças (opiniões) pessoais - isso é negar o próprio mundo, e no processo a pessoa estaria negando a si mesma, gerando um paradoxo de raízes profundas. E mais: aquele que enxerga como verdade apenas a sua verdade - desconsiderando o evidente fato de ser um objeto dotado de substância humana, e por isso estar sujeito a erros - ignora que todos os possíveis fatos dentro de um mesmo espaço lógico são igualmente possíveis - assim como todas as tautologias são igualmente possíveis. Para existir o certo há de existir o errado, e para existir o errado há de existir o certo - certo e errado são apenas combinações de objetos mutuamente excludentes, nada mais. Do mesmo modo certos pares de opostos tem que existir definidos um em função do outro - como Mestre Heráclito propôs sabiamente. Não há o verdadeiro sem o falso, o bom sem o mau - a existência de um não pode ser simplesmente definida como a ausência do outro - é como pensar que o ar é a ausência da terra - existem infinitos elementos entre -1 e +1 - verdadeiro e falso são apenas convenções complexas para reduzir a lógica de nossa linguagem a dois valores de verdade. E mesmo quando um objeto pode ser definido em função da ausência de um outro objeto, é preciso que o objeto ausente seja o existente - não é aceitável dizer que a extensão é a ausência de vazio - não existe forma de produzir o vazio que não seja retirar a extensão - não se pode apertar um botão que gere trevas - um buraco negro não emite sombras, ele simplesmente suga a luz - só pode haver escuridão onde não há nenhuma fonte de luz.
Pitágoras e seus discípulos - dentre eles os mais notáveis são Platão e a Santa Igreja - apontaram que a esperança do Homem está em sua Pátria Estrelar, no Mundo das Idéias, no Reino dos Céus. Enquanto o Caminho do Abismo leva às trevas, a Via Transcendente leva à luz - eis um fato tão antigo quanto os Mistérios de Osíris. A Lei do Livre-Arbítrio é mais velha que os Santos Mistérios do Deus Ressuscitado - Crowley apenas mostrou seu conhecimento sobre cristianismo.
Acusar os outros de ressentimento agindo como ressentido é no mínimo duvidoso.

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