Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
Caso você encontre em algum dos meus textos algo interessante e queira compartilhar com seus amigos ou em seu site, revista, jornal, etc., sinta-se à vontade. Basta indicar a fonte e recomendar a leitura do blog, e todos os textos que estão aqui estarão ao seu dispor.

P. S.: decifra-me ou devoro-te!

terça-feira, 25 de março de 2008

Canção da Serenidade

Acalma-me muito a alma repousar os olhos sobre ti
E em muito me tranqüiliza saber o dom de tua paz
Descansa-me solene nos confortos de tua silhueta
Cobrindo-me com teu doce carinho que me satisfaz

Aguardo-te deitado em tua benfazeja longa cobetura
Alimentado pelas tuas perenes sombras de acalanto
E tecidas co'o brilho eterno radiado de tua pureza
Atraindo-me para ti com sentimento e total encanto

Brinco-te deitado no leito nu dos riachos do peito
Em idílico estado de graça suprema dos apaixonados
Que se permitem dançar alegres a bela sinceridade
A séria infindade da chama que os torna abençoados

Dormimo-nos à semelhança dos sussuros das brisas
Que em suas canções traz aos homens sua serenidade
Do Desejo de Marília por Dirceu, e Dirceu por ela
E da Vontade de juntos chegarem à paz da Eternidade

sexta-feira, 21 de março de 2008

Eras - contribuição de Axis Mundi

Caríssimos amigos e existentes leitores desta Acta Diurna dos seres despertos escondidos entre as malhas acolchoadas de uma cela cubicular que os protege das loucuras que os adormecidos chamam de realidade verdadeira. Axis Mundi resolveu mostrar a que veio de novo, me enviando essa amável contribuição para publicação neste espaço não-oficial de desinformação esclarecedora. Bem, divirtam-se: vale a pena ler.

Eras
por Axis Mundi

Eu passei tantos anos percorrendo este mundo. Anos que para mim mais pareciam eras. Cada pessoa foi mágica e também desespero. Cada dia foi cheio de tanto pensar, que me perguntava se a loucura dos loucos e a loucura dos sábios eram iguais e se ambas começavam assim.
Por jardins de flores de pedra, muito tristes, como que transformadas por Medusa, vaguei.
Cercada de gente, na multidão, estava só.
No deserto clamei e chorei, pois percebi que minha condição de mulher me limita.
Cheguei a perguntar ao Criador se ele havia se esquecido de mim. "Não vire seu rosto", eu disse. Pensei de que forma seria melhor morrer.
De repente, algo se transforma em mim. E vejo que o amor é como os brotos das flores sãs. Quero cores, quero cheiros, quero gostos, quero sexo, quero amar, andar pelo mundo inteiro.
Quero dizer a todos, de todas as crenças, que iremos para o paraíso, basta que seu amor seja grande e sincero.
Então, agora amo ser mulher, voltei a sentir a liberdade de sempre, pois conheci você durante os dias em que correntes me oprimiam, e minha mente era um caleidoscópio.
Descalça, e por caminhos tortuosos andei, caminhos cheios de plantas hostis, ervas daninhas e espinhos. Porém, quantas vezes, à noite, abri os braços, deixei a cabeça inclinar-se para trás e vi milhões de estrelas? Olhei para os lados e vi a fogueira dos ciganos, olhei para baixo e vi areia do mar.
Tudo na esperança de voltar a sentir a vida, e não a morte.
Até que no fim de outro dia cinza, meus olhos viram um campo de lírios, tão brancos, tão puros, sem mácula alguma. "É miragem”, pensei. Sem hesitar, fui entrando.
Então, mágica muito maior se deu!
Um daqueles maravilhosos lírios aos poucos foi se transformando em você, o caule de repente era tuas lindas pernas e teu viril tronco, e as folhas, teus lindos braços. E finalmente, as pétalas viraram teu belo - tão belo! - rosto.
Sem saber se seria bem recebida, abracei tão atraente corpo, e você correspondeu!
Então pensei: "tudo valeu a pena, enfim!"
Todas as tristezas, todas as provações, todo choro, todo tempo perdido.
O caminho foi esquecido, o mal desfavorecido, o cansaço acabou.
E a loucura ? Loucura não existe, agora que tenho você.
O mundo agora é pequeno!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Canção da Princesa e do Cavaleiro - Canto II

Canto II

Ao chegar em tua infame sinistra gaiola-Torre
Fui confrontado pelo escravo maior do Inimigo
Que muito ódio tem por mim desde sempre
E tentou me impedir com um feitiço maligno

Mas o Todo Poderoso fortificou minhas mãos
E fez de mim canal para Seu Poder Campeão
O servo do Único Abaixo nada pôde contra nós
E o Bom Pastor nos cobriu co'a força do coração

Fomos instrumentos para a Justiça do Maior Lorde
E o servo do senhor das moscas foi enfim punido
Seus malefícios retornaram todos fortes contra ele
E ele viu seu poder pelo Grande Senhor ser destruído

Momento pausa estratégica

Caríssimos amigos e existentes leitores deste pequeno serviço de desinformação virtual sediado em uma instância qualquer de uma dobra no tecido acolchoado imanente desta cela transcendente escondida sabiamente em algum canto qualquer bem à vista de todos no asilo para doentes mentais perigosos chamado "vida real". Seu escritor não oficial de besteiras avisa que vai ter que fazer uma pausa estratégica na produção de suas pílulas de insanidade porque ele é desafortunado o bastante para morar no estado do Rio de Janeiro - que registra nada mais, nada menos que 51 casos de dengue por hora (mas para as autoridades o pior já passou), e ele agora integra essa nefasta estatística. Quando eu melhorar eu volto a escrever.

Só para comentar: não é vergonhoso que um estado que tenha controlado essa doença há 103 anos (tanto que há cem anos atrás ela não existia por aqui) hoje em dia registre mais casos de dengue que o resto do país junto?

sábado, 15 de março de 2008

Canção da Princesa e do Cavaleiro - Canto I

Canto I

Doce donzela de pura tez e bela alma
Presa por um maligno em solitária Torre
Em castigo indigno pela leveza do coração
Escuta a voz do ser que em teu auxílio corre

Mesmo estando na colina mais distante
Pude ouvir o sonoro chamado de teu canto
E com a brisa da manhã veio entre teus versos
As notas distintas do teu amargo, frio pranto

Teu choro pôs-me a caminho de teu chamado
Levado por meu corcel e a vontade de te salvar
Por uma estrada mui longa fui por ti conduzido
Espera mais um pouco que logo hei de chegar!

Pensando e Descrevendo Você - contribuição de Maurício Lima

Caríssimos amigos e existentes leitores desta pequena dobra ir-real no tecido a-temporal do mini-multiverso paralelo acomodado entre as saliências do acolchoado da cela da realidade consensual a que chamamos vida cotidiana. Um amigo meu, chamado Maurício Lima, retornou ao ofício de poeta e me contemplou com um dos poemas de seu retorno (isso me lembra aquela música: "boemia, aqui me tens de regresso..."). Ele não acha que ficou tão bom assim, mas o blog é meu e quem decide isso sou eu - democrático, não? Bem, eis o poema:

Pensando e Descrevendo Você

Quando penso em você, posso descobrir várias coisas...
a inocência de uma menina
a pureza de uma garota
o carinho de uma mulher...

Quando penso em seu olhar
posso descrever...
o brilho das estrelas
o calor do sol
a beleza inconstante da lua

E por falar na Lua
nas suas fases posso te descrever
sua timidez, assim como a escondida lua nova
seu sorriso,na linda lua minguante
a sua ternura crescendo como a Lua crescente
e sua serenidade, como o brilho intenso da lua cheia

Pensar e descrever você pra mim é mais ou menos isso
é me apaixonar por você a cada coisa que descubro em ti
é pensar e descrever você nas belezas mais sublimes e simples
é ter você no meu coração
Pensando e descrevendo
te descobrindo e te amando...

quarta-feira, 12 de março de 2008

Canção da Princesa e do Cavaleiro - Cantos III e IV

Canto III

Subi temeroso as escadas de tua Torre prisão
Pois não sabia como reagirias ao teu salvador
Tu não me conheces, tu nunca me viste vivo
Mas eu ao ouvir teu canto caí em puro amor

"Abre a porta, doce princesa pelo mal presa
Eu te solto da cadeia onde ele te prendeu
Aproxima-te de mim, teu maior admirador,
E me diz teu nome, pois o meu é teu Dirceu"

"Sou Marília, gentil cavaleiro e meu salvador
Sou a princesa que versos ao vento declama
Muito me honras que sejas meu Dirceu,
Mas tu não me conheces, como me amas?"

Canto IV

"Não preciso conhecer-te para poder te amar
Basta te querer bem e te sentir junto a mim
Em teu canto, que de tão longe eu ouvi,
Por ti e por teu coração senti-me assim"

"Gentil cavaleiro, vejo ser sincero comigo
E portanto sei de verdade que tu me amas
Perguntei porque amo a ti desde que te vi
E quis saber se ardiam iguais nossas chamas"

"Aceita-me como teu fiel esposo, Marília
Querer viver junto ao teu e só teu Dirceu?"
"Como recusar a oferta que assim me fazes?
Aceito-te e sou toda tua, meu bom Dirceu!"

domingo, 9 de março de 2008

Canção da Fortaleza

Sou tua rocha, teu porto seguro
Confia-te a mim, doce Marília
Pois mal nenhum há de te ferir
E o Inimigo jamais te alcançaria

Entrega-te ao teu forte Dirceu
Oferecido a ti como tua fortaleza
Vem, escuta o chamado dele
Aqui estás segura, com certeza

Caminha para fora dos perigos
E anda à sombra do teu protetor
E ao lado dele sempre estarás
Igual a ti é teu humilde cantor

Vem cantar esta nova fortaleza
E com teu Dirceu vem te aninhar
Sois Marília de Dirceu, anjo meu
E juntos nós vamos prosperar

sábado, 8 de março de 2008

Um pequeno poema para Marília - Tradução

Caríssimos amigos e existentes leitores deste pequeno espaço de desinformação conceitual irmanado ao tecido nada aparente da realidade conceitual. Por pedido de Marília, ofereço a vocês a tradução do poema em inglês há pouco escrito. Enjoy it!

Posso escrever estas palavras para você
E você pode amá-las como eu a amo?
Ame-as como você me ama, também

quarta-feira, 5 de março de 2008

A short poem to Marília

Caros amigos e existentes leitores deste pequeno espaço a-virtual de não-informação plasmado na imanência transcendente das celas acolchoadas do condomínio mais distante de tudo e de todos chamado "realidade". Em um momento de maior inspiração um poeta é capaz de compor alguma coisa em uma língua que não seja a sua - hoje me aconteceu isso. Tudo bem, são só três versos, mas já é um começo... Ei-lo:

Can I write these words to you
And can you love them as I do?
Love them as you love me, too

terça-feira, 4 de março de 2008

Elegia à Marilia de Dirceu

Nada supera o calor do teu abraço
Nem se iguala ao sabor do teu sorriso
E não existe coisa mais doce para mim
Que o brilho dos teus cabelos que tanto aliso

Beleza no mundo não se compara a ti
Modelo perfeito do ser-verdadeiro feminino
E é impossível haver anjo assim tão sublime
Quanto este que o Senhor pôs em meu caminho

E a brandura e verdade dos teus sentires
Nenhum dos poetas soube ou saberia cantar
Apenas teu Dirceu, por amar a ti, conseguiria
Com justiça versos à sua Marília declamar

Musa viva de tempos mui antigos saída
Acalanta-me com tua divina inspiração
E toma teu humilde servo em teus braços
Enquanto para ti ele entoa uma nova canção

Oh, doce Marília, ouve a súplica de teu Dirceu:
Nunca nesta vida te permitas de mim partir
Agracia-me com a vida eterna junto a ti
E deixa-me dizer-te no Fim: "gracias por existir"

domingo, 2 de março de 2008

Onde Estavas?

Minha voz morreu em seco eco - oh, Marília!
Pelos campos gritei teu nome - mas onde estavas?
Nas montanhas te procurei - onde te escondeste?
Por que sumiste - de meus cantos não gostavas?

Experimentei as dores profundas de teu oblívio
Quando às noites passavam-se todas sem teu ser
Para onde foste, Marília, por que tu partiste
Sabendo que a distância apenas me faz sofrer?

Marília, tu não enxugaste o choro do teu Dirceu
Teu Dirceu, que tanto te ama e te quer bem, se viu só
Largado à pergunta: "será que de mim ela se esqueceu?"

Teu Dirceu está aqui de joelhos pedindo pra Marília
Põe fim no sofrimento que à esperança corrói
Vem, volta pra casa, volta pra mim, tua família

Powered By Blogger