Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
Caso você encontre em algum dos meus textos algo interessante e queira compartilhar com seus amigos ou em seu site, revista, jornal, etc., sinta-se à vontade. Basta indicar a fonte e recomendar a leitura do blog, e todos os textos que estão aqui estarão ao seu dispor.

P. S.: decifra-me ou devoro-te!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Hai-Kai Diversos

Triste é o ofício do poeta
Pois a lágrima lhe secou
Pela pena escorre a dor

Dor no peito, dor na alma
Médico não cura
Um abraço acalma

Uma pessoa sofre
Outras assistem
As vidas seguem

Lágrima que escorre
Emoção que concorre
Alma que corre

Humano é viver
Viver é sofrer
Sofrer é humano

Alma que canta
É alma que chora
Disfarçando a dor

Mundo de sombras
Mundo de ilusões
Triste mundo

Caverna de Homens

Tristes almas que caminham pelo mundo
Vagando como sombras sem conhecer a Verdade
Acreditando piamente nas ilusões que enxergam
Sem sequer a vontade de conhecer a realidade

Seres presos ao fundo da caverna pela ignorância
Não percebem serem apenas sombras na parede
Atribuem-lhes realidade ao plano bidimensional
Por não terem por conhecimento nenhuma sede

Mas ai daquele que se liberta das suas correntes
E caminha destemido para a Verdade fora da caverna
Pois todos os sofrimentos para ele se fazem presentes

E se volta esse herói para a caverna superada
Encontra algozes em prisão de sombra eterna
Um triste fim enfim encontra para sua jornada

Testamento Poético

Em meus derradeiros momentos
Os mais verdadeiros desta vã vida
Quero ter a certeza de ter vivido bem
Ter a sensação de missão cumprida

Quero minha espada em minha mão
Lembrança das lutas e do Bom Combate
Empunhada pelas causas mais justas
Agora quieta na mão que enfim parte

Além de minha espada terei amigos
Não muitos pois que seriam nenhum
Apenas os fiéis companheiros de jornada
Se é que de verdade eu tive algum

Família é muito melhor longe
Com exceção dos que me amam
Saberei nessa triste hora quem são
Por ver os que de coração choram

Por fim quero Marília junto a mim
E que raio de morte nenhuma separe
Aquilo que neste mundo Deus uniu
Amor que não há outro que se compare

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O gato do português

Certo dia o Manoel estava sentado em seu sofá vendo sua tv quando o gato da familia começou a lhe aporrinhar, andar pra lá, andar pra cá, subir no sofá, ficar roçando. Então o portuga perdeu a paciência e disse a Maria:
- Maria não aguento mais esse felino, vou dar um fim nesse gato.
Manoel pegou o carro e saiu com o gato. Andou umas 4 quadras e deixou o bichinho, mas ao chegar em casa se depara com o gato sentado em seu sofá como se nada tivesse acontecido. Já cansado , ele vai dormir.
No outro dia bem cedo já pega o gato, anda 8 quadras, larga o gato e corre para o trabalho. Chegando lá liga pra sua casa e sua esposa atende o telefone:
- Maria? O gato apareceu por aí?

- Já Manoel, e ele tá ali sentado no sofá.
Manoel chega em casa a noite e olha para o gato e diz:
- Amanhã, seu filho de um flamenguista, eu não tenho que trabalhar. Eu vou atravessar a cidade com você!!
No outro dia Manoel, já enfurecido, cata o gato, anda 10 quadras, vira à direita anda mais 20 quadras, vira à esquerda, anda mais 5 quadras e larga o gato. Ele espera algum tempo e liga pra casa:
- Maria o gato já chegou ai?!
- Já Manoel, ta lá o danado sentado no sofá.
- Então põe o desgraçado na linha porque eu tô perdido.

Pais & Filhos

Queridos amigos e existentes leitores deste pedacinho amarelado e empoeirado de pergaminho relapsamente afixado com tachinhas de cobre nas costas de algum mosquitinho preto rajado de branco pousado languidamente sobre uma das costuras losangulares do acolchoado bege desbotado que reveste o interior da mais real das realidades isolada do resto do mundo por grades, concreto e o epíteto transcendente de "loucura" - mas que é chamada de lar verdadeiro e pátria estrelar pelo seu humilde ocupante, um simples escrivinhador de verdades verdadeiras e de coisas que são enquanto são e que não são enquanto não são e vagante anunciador da boa nova que se encerra no mistério da frase "o mundo é tudo aquilo que é o caso". Eu sei que a piada é velha, mas é boa... ela foi levantada na época da eleição de sua santidade Bento XVI para o trono papal - as semelhanças, além de óbvias, são assustadoras. Aí dia desses eu estava revirando o meu lixo eletrônico quando reencontrei essa foto e decidi compartilhá-la com vocês - que lindo, não?
P. S.: para quem não sabe, a pessoa na foto de cima é o atual papa, sua santidade Bento XVI; e a pessoa na foto de baixo é o Supremo Chanceler (posteriormente Imperador) Palpatine, também conhecido como Darth Sidious, Lorde Negro dos Sith, em seus trajes sith típicos, da série Star Wars.
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