Manual de Instruções

Caros leitores, após muito tempo decidi quebrar alguns de meus votos de silêncio. Um deles inclui voltar a escrever por aqui. O outro, falar de política. Tarja Preta versão 3.0, divirtam-se!
Caso você encontre em algum dos meus textos algo interessante e queira compartilhar com seus amigos ou em seu site, revista, jornal, etc., sinta-se à vontade. Basta indicar a fonte e recomendar a leitura do blog, e todos os textos que estão aqui estarão ao seu dispor.

P. S.: decifra-me ou devoro-te!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Todo Mundo Explica - Raul Seixas

Não me pergunte por que
Quem-Como-Onde-Qual-Quando-O Que?
Deus, Buda, O tudo, O nada, O ocaso, O cosmo
Como o cosmonauta busca o nado, o nada
Seja lá o que for, já é

Não me obrigue a comer
O seu escreveu não leu
Papai mordeu a cabeça
Do Dr. Sugismundo
Porque sem querer cantou de galo
Cada cabeça é um mundo Gismundo
Antes de ler o livro que o guru lhe deu
Você tem que escrever o seu

Chega um ponto que eu sinto que eu pressinto
Lá dentro, não do corpo, mas lá dentro-fora
No coração e no sol, no meu peito eu sinto
Na estrela, na testa, eu farejo em todo o universo
Que eu to vivo
Que eu to vivo
Que eu to vivo, vivo, vivo como uma rocha
E eu não pergunto
Porque já sei que a vida não é uma resposta
E se eu aconteço aqui se deve ao fato de eu
simplesmente ser
Se deve ao fato de eu simplesmente

Mas todo mundo explica
Explica, Freud, o padre explica, Krishnamurti tá
vendendo
A explicação na livraria, que lhe faz a prestação
Que tem Platão que explica, que explica tudo tão bem vai lá que
Todo mundo explica
protestante, o auto-falante, o zen-budismo,
Brahma, Skol
Capitalismo oculta um cofre de fá, fé, fi, finalismo
Hare Krishna, e dando a dica enquanto aquele
papagaio
Curupaca e implica
Com o carimbo positivo da ciência que aprova
e classifica

O que é que a ciência tem?
Tem lápis de calcular
Que é mais que a ciência tem?
Borracha prá depois apagar
Você já foi ao espelho, nego?
Não?
Então vá!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Lembrança das minhas ex...

Versos Fúnebres nº 1

O cavaleiro com sua espada
aos pés da dama se ajoelha
e beija seus brancos pés

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Versos Fúnebres nº 2

O tempo me leva no colo
A morte me beija os lábios
Os olhos se fecham

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Versos Fúnebres nº 3

O ser se tornou não-ser
A lógica nunca explicou
O existir acabou

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Versos Fúnebres nº 4

O vento passou e levou
As folhas caíram de secas
O tempo passou

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Versos Fúnebres nº 5

Sei que você não me amou
Mas ao teu lado fui feliz
Pra sempre, te amo

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Mais um poema

A Morte do Leproso

Parafusos soltos
Chacoalhando ao vento
Singrando na vida
Aguardando o momento
Vivendo a morte
Dentro dum sentimento
Sangrando na alma
Dormindo ao relento

Caem as chagas
Eu me reinvento
Nascido da lepra
Sem novo lamento
Morreu o leproso
Fim do sofrimento
Nasceu o Homem
Do Divino rebento

Abandono a Caverna
Vazia de alento
Buscar os homens verdes
Esse é meu intento
Mas não sou como eles
Não mais me contento
Chega de lepra
Acabou meu tormento

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Mais poemas

Liberdade

Eu tenho tudo e tenho nada nesta nova canção
É o princípio de uma vida na minha emoção
É o início de um tempo para o meu coração
É o final de um sofrimento para minha razão

Eu tenho tudo e tenho nada e tenho tudo na mão
Vivo a promessa de alegria para esta estação
Esperando minha alma encontrar direção
Nos lábios frios de argila dessa vil sensação

Estou cansado de negar sem encontrar solução
Por mais que tente não falar sei que vocês saberão
Por mais que tente não chorar sei que vocês cantarão
A minha viva fria morte em cruel situação

Eu vou e venho num disparo em destempero do não
Com alegria e com leveza canto nova oração
De louvor e de orgulho dessa bela pulsão
Pois enfim me libertei dessa tirana paixão

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Elegia do Leproso aos Homens

Eis que me sinto novamente sozinho...
Em minha caverna solitária eu vejo o fogo
Enquanto as sombras dançam na pedra
Tomando a forma de um galho de azevinho

Triste é o silêncio em minha caverna
Só o fogo ri crepitando enquanto morre
Tudo parece condenado ao nada um dia
Mesmo o alento da cerveja na taverna

Já é noite quanto olho pra mim
Nu em chagas sou como todos os homens
Que escondem em peles falsas sua beleza vazia
E negam seu horror com púrpura e carmesim

Sei que entre eles sou apenas um leproso
Terrivelmente parecido com suas almas
Podres e vazias como minha pele verde
Mas isso me deixa ainda mais orgulhoso

Não minto nem me escondo do fato:
Sou um leproso em uma caverna fria
Igual a todos os homens podres de verde
Dos quais o exílio eu sabiamente acato

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Tópicos Existencialistas

Caros amigos e inexistentes leitores desta pequena cela acolchoada do manicômio virtual da vida, eis que pela primeira vez o seu veículo predileto de desinformação, o Tarja Preta, parece que vai falar de alguma coisa séria! Este vagabundo que vos fala finalmente tomou vergonha na cara e vai tentar ser uma pessoa séria e respeitável! Três vivas pra ele!
Ledo engano.
Tópicos Existencialistas não é pra falar de filosofia sartriana, ou de qualquer filosofia que seja. Eu quero apenas compartilhar algumas questões sobre a existência em sociedade, e apenas isso.
1 - por que as pessoas complicam tudo?
2 - por que as pessoas se recusam a aceitar que a sociedade se vê como um grande tabuleiro e que premia quem age assim?
3 - por que as pessoas odeiam sinceridade?
4 - por que as pessoas têm medo de viver um amor, ou ainda, por que elas têm medo de amar?
5 - a pergunta mais importante, por que as pessoas que lerem isto não levarão a sério?

sábado, 1 de setembro de 2007

ENC: Mais Poemas

Amados amigos e inexistentes leitores deste humilde trovador de opiniões nesta virtual terra meã de sofrimentos e dificuldades. Não é segredo para os senhores que eu tenha uma certa veia artística... então estou fazendo a compilação dos poemas meus que eu acho menos piores – divirtam-se com o momento poesia ruim.

Tua Sombra

Por que foges de tua própria sombra?

Será por que temes a face de tua alma
A se refletir na prata lisa e espelhada
E a contar a teus olhos tuas verdades?

Não tens coragem para ver a ti mesma
Com os olhos de tua beleza cinzelada
A prata lisa cheia de tuas falsidades?

Por que foges de tua própria sombra?

Será por que sabes a face de teus medos
A se espalharem pela meia-noite das almas
Cobrando de ti o preço de teus pecados?

Não tens a força para ter teus segredos
E para escondê-los no âmago de tuas palmas
Daqueles que nunca poderão ser perdoados?

Por que foges de tua própria sombra?

Será por que temes ver em mim tua danação
A se desenhar em meus olhos de demônio negro
Mortos e vazios e secos como tua alma fria?

Não tens em tuas sombras a força da emoção
A proteger a ti das forças à qual integro
Os corações trevosos que minh'alma seduziria?

Por que foges de tua própria sombra?

Será por que queres alimentar teus desejos
Com a vida roubada dos lábios dos homens
Que se deixam seduzir pelos teus encantos?

Não tens vergonha de teus atos imundos
Com os quais ofendes os arcanjos nas nuvens
Ao sacrificares almas para teus íncubos?

Por que foges de tua própria sombra?

Será por que temes conhecer tua real sombra
A dizer para ti verdades de prata espelhada
Que teus olhos jamais serão capazes de ouvir?

Não tens medo de amar com tua alma magra
A se esquivar de tua luz arcanja azulada
A face de uma deusa que está ainda por vir?

Por que foges de tua própria sombra?

Por que foges de mim?

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Lamento do Leproso

Tudo o que eu quero é um pouco de carinho,
mas não tem ninguém para me acarinhar.
Sou um humilde leproso amaldiçoado
condenado a pelo mundo sempre errar

Sou filho da vergonha e do desamparo
maldito rebento de entranhas malignas
numa mundana abjeta pelo demo feito
expulso e marcado por línguas ferinas

As marcas de minhas vergonhas me seguem,
a tristeza e o desamparo são minhas vias.
Sou um humilde leproso sem um lar,
sou velho, e privado de minhas alegrias

Possa haver perdão para mim aqui
em minha humilde caverna e solar.
Sou apenas carente em carinhos,
mas não há ninguém para me acarinhar

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Dama da Noite

Vieste como luz numa caverna para mim
Divino anjo redentor dos meus pecados
Trazendo em tuas asas de puro carmesim
A salvação a este teu servo humilhado

Tragas a paz para as trevas que habito
Divino ser feito por tua vontade mulher
Dá a mim a deusa de que tanto necessito
Perdoa-me, que preciso disso para viver

As palavras de perdão não nublam a ti
Nem teu perfeito talhe em alvo mármore
Saído do cinzel louco dum Buonarotti

Mesmo o tom exangüe que marca tua tez
Não impede que em mim o Amor comemore
Teus caninos em meu pescoço em nudez

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Beleza sem Forma

Bondade tua cobrir-me com tão belos elogios, minha cara.
Mas, perto de ti, nada pode ser bom ou belo,
pois tu já és o que há de mais puro e pleno pode existir neste mundo.

Não falo da beleza da face, essa ingrata ilusão
que os anos roubam-nos incontinenti.
Não falo dessa bondade mesquinha
que os infelizes praticam entre si como troca de favores.

Mas eu falo da beleza de uma verdadeida dama,
a beleza eterna que nunca acaba,
nem deixa de ser bela em momento algum.
Falo da beleza do teu espírito,
beleza que transparece em tuas bondosas palavras,
a maior beleza que há entre as maiores belezas.
Falo da bondade que apenas o belo conhece,
essa bondade tua de ver as coisas belas
onde apenas o ressequido cansaço cotidiano existe e sobre-existe,
num contínuo ir e vir de possíveis eterno.

Perto de ti, beleza ou bondade não pode haver,
pois tu és a beleza e a bondade feitas mulher.
E de mim, sem bondade, que se o diga,
que apenas cresto tuas belezas com minha presença.

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Versos a Ele

Dança o sorriso nos lábios teus
De ternura e desejo ali tensos
Brinca comigo teu corpo de deus
Sou tua serva por todos os tempos

Amo-te a ti como nunca amei
Não haverá para mim mais vida
Se com quem o coração deixei
Deixar-me com um amor sem saída

Venha a Morte, infame inimiga,
Daquele que a dois corações liga
Eterno por além das mil eras

Morra eu se a ti a Morte vier
Serei para sempre tua mulher
Tua amante, e tua serva eternas

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Sonhos de uma Noite de Amor

[Rondó à duas vozes, Ele e Ela]

Ele:
Minha sombra arranha nos teus azulejos
Duma maneira estranha aos teus desejos
Vai bailando solta nos teus devaneios
Dançando o baile negro de meus pesadelos

Ela:
Minhas memórias vagam sem rodeios
Passando por lembranças em volteios
Minha sombra arranha nos teus desejos
Minha mente vaga em teus devaneios

Ele:
No baile negro de teus azulejos
Na vida morta solta em teus rodeios
Nas palavras mudas em meus volteios
Nas minhas sombras em teus pesadelos

Ela:
Nas memórias tristes de meus desejos
Minha mente vaga pelos azulejos
Traçando sombras tristes em teus rodeios
Lembrando bailes velhos em seus volteios

Ele:
Nas palavras ditas em meus pesadelos
Nas minhas vidas em teus desejos
Pelas nossas sombras em devaneios
Minha mente dança em teus azulejos

Ela:
Minhas memórias apagam em volteios
Minha mente vive em teus desejos
Tua sombra rege meus devaneios
Minha vida entrego aos teus azulejos

Ele e Ela:
O amor brilha em nossos volteios
Querendo ser uno em novos rodeios
As vidas se unindo em nossos desejos
Duas sombras em uma nos azulejos

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À Dois

[Balada à duas vozes, Ele e Ela, que se revezam alternadamente estrofe a estrofe]

Tua voz se perde em meus ventos
Meus afagos pedem os teus alentos
Meus braços querem o teu calor
Teus lábios pedem o meu amor
Meus dedos correm em tuas curvas
Teus olhos enxergam coisas turvas
Meus dentes tocam suas pontas
Tua voz geme alegrias lentas
Tuas mãos dançam em meus cabelos
Meus prazeres brincam em teus pêlos
Teu sorriso brilha nas estrelas
Teus prazeres marcam minhas pernas
Embolados juntos nos lençóis
Aguardando o brilho dos sóis
Bebendo juntos da mesma alma
Abençoando a noite com nossa chama

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Amor Nas Alturas

Não há limites para o meu amar
Pois para ele não existe um fim
Por muitos nomes vão me chamar
Mas eu não vivo se não for assim

Ele vai até a lua, mãe-sorridente
Pra abraçar ali o teu coração
Pra fazer de ti minha confidente
Pra ser ali minha maior emoção

Se assim teu coração me pedisse
Se assim teu amor me exigisse
Eu daria a ti as estrelas todas

Mas a nenhuma delas do rosto teu
O brilho e a beleza lhes ascendeu
De ti, que és a deusa das deusas

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Atrevido

Ardo de vontade de ter a ti
Entre meus braços e beijá-la
Eu vivo desde que te conheci
E viverei apenas para amá-la

Quero a ti nua em meu quarto
E nu realizar meu maior querer
Em mil meus sofreres eu parto
Quando em meus braços eu te ter

Sobre mim teu corpo tu deitas
Plena de amor os lábios me beijas
Ardendo tu e eu de amor cansados

Juntos então visitamos o prazer
E em meus braços teu corpo ter
Eu dentro de ti e ti em mim, a sós

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Eu e Você

Eu e você, nós dois sempre
Um amor assim tão profundo
Como esse não há quem lembre
De ter visto outro no mundo

É um Amor simples e direto
Não nos diz o que não sente
Não nos faz o que não é certo
Não nos engana ou mente

Não tenho mais nada de meu
Pois meu coração já é teu
No Amor puro e antigo nosso

Não te deixes nunca pensar
Se um dia irei te abandonar
Pois sem ti viver não posso

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Lembranças da Minha Morte

[Canção de versos pareados]

Meus olhos se abrem e desperto
Do curto sonho eu estou liberto...
Mas tu dormes na longa noite...
Vives tu na vida, eu na morte
Contemplo tua face perfeita
Teus cabelos sobre aquela jaqueta
Que te dei naquele Natal...
Admiro tua beleza sem igual

Fico parado olhando a ti
Mesmo sabendo que te perdi
Para a longa noite eterna...
Olho para o corpo que hiberna
Sento ali e aguardo teu despertar
Para que juntos possamos ficar

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O Contador de Histórias

Agora uma história devo contar
Para nossas esperanças tentar embalar
Venho eu tecendo sonhos em tua mente
Nos éons da imaginação venho potente

Ouça: uma história vou contar
E dela você vai participar
Conto eu a trama da aventura
Tëu personagem trança a urdidura

Vem e me conta teus sucessos
Teus medos, tuas idas e recessos
Mostro a ti o mundo no ar
Tu o coroas quando nele entrar

Tu és um comigo no devaneio
Aproveita e guia nosso passeio
Em negras cavernas hei de entrar
Para contigo o velho tesouro encontrar

Nas nossas mentes, o inconsciente
Nas brumas fortes, a nossa mente
O inconsciente perdido, as brumas
Na força do inconsciente tu sonhas

Dorme em paz, amigo de viagens
Estarei te esperando nos mesmos éons...

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Rosas

Quando tento escrever
Saem só versos mancos
Umas poucas palavras
Um poema em branco

Quando tento escrever
As palavras não sabem dizer
Todas aquelas minhas rosas
Que eu tenho guardadas para você

Mas não sou poeta, você sabe
E antes que este verso acabe
Vou lhe contar o que quero escrever

As rosas do amor eterno e da paixão
Que eu amei no fundo do meu coração
Eu as guardei apenas para você

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Saudade

Danço nas voltas do ciclo
Minha vida na noite reciclo
Meus medos nos sonhos replico
Meus temores nas sombras aplico

Tua voz nos ventos escuto
Meus desejos no espelho permuto
Dançando na bruma noturna
Nos volteios da alma soturna

Nossas mãos se estendem no intento
De se fazerem unas pelo vento
A antiga união que tanto almejo

Então tua imagem esmaece
Nas brumas do espelho amanhece
Nos meus lábios teu furtivo beijo

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Soneto da Perda

O eco do silêncio é assustador
Um lugar sem medo ou dor
O som do nada no vazio
O todo mudo num assobio

No escuro nada posso ver
Mas sei que nada pode haver
Sem o brilho dos teus olhos
Para iluminar meus sonhos

Mas tu te escondes no nada
A luz dos teus olhos apagada
Me deixando só no escuro

E eu sozinho e isolado
Espero que voltes pro meu lado
O brilho de teus olhos em meu futuro

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Tuas Dores

Tantos segredos, tantas sombras
Luzes que não querem sair de ti...
Por que te escondes de ti mesma,
E em teu coração não te deitas?

Senhora das Trevas, dona de mim,
Por que te permites tantas dores
E tantos sofreres em ti guardas
Sabes que nao precisa ser assim...

A ti ofereço a minh'alma eterna
Pois minha vida de nada me vale
Se tuas dores não puder aiviar

Em minha solidão sempre superna
Não existe dor em mim que iguale
Ao sofrer de minha dama a chorar

Voltando à atividade

Caros amigos e inexistentes leitores deste pequeno quarto de hospício virtual alojado em uma nada dura e crua realidade tão ilusória quanto a que nossos sentidos constantemente atingem. Eu estou escrevendo para me desculpar pelo tempo que estou sem escrever, mas antes de vocês quererem me matar eu vou explicar o que aconteceu.
Surtei.
Isso mesmo: surtei, chutei o balde, mandei tudo pro quinto dos infernos e fiquei batendo palmas enquanto tudo estava desmoronando. Nunca gostei de Nero, mas agora eu entendo por que ele tocou fogo em Roma: mandar tudo pro espaço de vez em quando é necessário. E os prejuízos foram pequenos: só quase perdi uma amiga muito importante pra mim e quase perdi algum dinheiro - só não perdi o dinheiro porque desisti da idéia louca de procurar um psicólogo. Quem me acompanha, quem me conhece sabe: a graça de um tal Luís Fernando é justamente o fato de ele se permitir ser mais louco do que a sociedade recomenda.
Mas tem coisas que acontecem e você não gosta de falar sobre. É mais ou menos assim que eu me sinto... tipo, eu quero um abraço, estar perto de pessoas que eu gosto (não todas, mas algumas escolhidas à dedo), sair do surto de normalidade e simplesmente voltar ao estado ensandecido normal. Eu prometo ser mais atuante, vocês, que me acompanham neste espacinho virtual merecem.

Um abraço em todos vocês!
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